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Slow Fashion: porque repensar o consumo de moda é urgente

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Slow Fashion: porque repensar o consumo de moda é urgente

Desde seu início, o movimento tem as mulheres como as principais responsáveis por sua concepção e expansão no mundo. Entenda os motivos que fazem do slow fashion um caminho sem volta – ainda bem!

13/03/2022

Consciência ambiental e social são pilares que movem nossa constelação Stellar. Nossas marcas são estrelas que produzem vestuários infantis, sempre pensando em novas maneiras de criar a moda com menos impacto socioambiental, freando a repercussão negativa de mais de três décadas de produção irresponsável da indústria fast fashion.


Com as novas gerações mais antenadas e preocupadas com o alto desperdício e descarte de tecidos, numa cadeia que também não tem dedicação coerente ao bem-estar do trabalhador, as pessoas estão cada vez mais em busca de marcas que estejam alinhadas aos seus valores e coloquem em prática a responsabilidade para um mundo melhor. 


Este novo olhar responde a um movimento chamado slow fashion. Mencionado pela primeira vez em 2004, por Angela Murrils, escritora de moda para revistas online, que teve como inspiração o ativismo do slow food, manifestado na década anterior.


No entanto, somente em 2008 que a ação ganhou mais força e estrutura graças aos esforços de Kate Fletcher, professora de design sustentável do Center for Sustainable Fashion, da London Fashion College, Reino Unido, que escreveu nesse mesmo ano o livro Sustainable Fashion and Textiles: Design Journeys (Moda e Sustentabilidade: Design para Mudança, publicado no Brasil pela editora Senac).A pesquisadora, consultora e ativista de design Kate Fletcher é tida como uma das maiores referências na discussão sobre as conexões entre moda e sustentabilidade.


O que é slow fashion exatamente?


A tradução ao pé da letra significa “moda devagar”. Na contramão do fast fashion (moda rápida), que é uma indústria de produção em massa de vestuário, calçados e acessórios com pouca durabilidade, este novo conceito propõe uma mudança não só de pensamento em consumo, mas também de compra.

Com os efeitos hostis das mudanças climáticas por todo planeta, que tendem a aumentar ainda mais nos próximos anos, estamos vivendo o momento de rever nossas ações e criar novos hábitos. Na indústria, é urgente os novos modelos e meios de produção.

Os bastidores da moda e a urgência de mais responsabilidade social e ambiental


Vale lembrar que a moda é responsável por uma das cadeias que mais movimenta dinheiro no mundo, gera emprego e influencia pessoas e novas tendências. De acordo com a plataforma Valor Investe, o segmento da moda é o maior em faturamento global no e-commerce direto com o consumidor, com  vendas de US$ 525 bilhões anualmente. Além disso, cresce, em média 11,4% por ano e a expectativa de faturamento para 2025 é de US$ 1 trilhão.

Mas o que poucos sabem é que os bastidores, na maioria das vezes, passam longe do que vemos no glamour dos desfiles. São várias denúncias de confecções com situações análogas ao trabalho escravo (quando realmente é) para produzir as peças.

Falando em impacto ambiental, esta indústria é uma das mais responsáveis pelos danos no planeta. São aproximadamente 10% de emissões de gás carbônico, além da terceira posição no ranking de consumo de água.

E quando falamos sobre os resíduos consequentes das produção e o descarte das peças de pouca durabilidade, estamos nos referindo a 25% de criação que acaba no lixo. São toneladas e mais toneladas de tecidos sem destino adequado.

Entendendo tudo isso, que é resultante dos produtos que consumimos, o movimento slow fashion traz uma nova produção – responsável e inclusiva – para a cadeia.

Já é possível encontrarmos marcas que prezam pela diversidade, priorizam a cultura local, promovem a consciência socioambiental, contribuam para a confiança entre produtores e consumidores, praticam preços reais aos quais justificam os custos sociais e ecológicos, e mantém uma escala consciente de produção para evitar o descarte desnecessário.



Mulheres do Slow Fashion no Brasil


Além das nossas estrelas que seguem o propósito Stellar, que fazem da nossa constelação mais forte com ações que visam e agem para um futuro melhor, gostaríamos de destacar mulheres brilhantes do Brasil que fazem o movimento slow fashion acontecer no país:


Le Soleil d’été


As irmãs Flora e Isabella Belotti sempre tiveram as roupas feitas pela mãe Roberta. Numa casa em que os ambientes são totalmente criativos, as novidades estão sempre vivas em cada canto e momento. Certo dia, Roberta chegou para as filhas com o nome “le soleil d’été”, afirmando que queria fazer sua própria coleção para passar as férias em José Ignácio, vila de pesca em Punta del Este, no Uruguai. 

Isabella logo preparou as planilhas e convidou a irmã Flora, que foi responsável pelas lindas sacolas e papéis de seda que embrulham as roupas com “cheiro de mar”. As roupas são produzidas com linhos, algodões e seda e os consumidores também podem encontrar artigos de arquitetura e decoração.

Gaem


Julia Blini e Luna Nigro. Desde que se conheceram em Paris, quando estudavam no Studio Berçot, as fundadoras da Gaem sempre dividiram um olhar nada óbvio para este universo.

Ao longo dos últimos 15 anos, Julia trabalhou em conceituadas marcas como Jimmy Choo e Alexandre Birman, antes de se especializar em gemologia – estudo das pedras preciosas – na Gemological Institute of America, em Nova York, e abrir sua própria joalheria.

Luna, por sua vez, atuou por anos como stylist para as mais respeitadas publicações, como Elle e In Style, e assinou inúmeras campanhas para marcas de peso, onde aprofundou o seu conhecimento sobre a imagem de moda. 

Das experiências diversas, surgiu uma inquietação em comum sobre suas carreiras na moda. Sentiam falta de recalcular a rota para encontrar um caminho que realmente fizesse sentido e, acima de tudo, deixasse um impacto positivo para o planeta.Imersas no universo da sustentabilidade, decidiram criar a Gaem, marca de joias feitas exclusivamente com lab grownDiamonds (diamantes produzidos em laboratórios), livres de conflitos humanos e ambientais, e com ouro certificado.

Documentários que ajudam a entender a importância do movimento slow fashion


True Cost

Considerado obrigatório por estudiosos de moda sustentável, True Cost foi dirigido pelo Andrew Morgan e diz respeito aos impactos da moda para o planeta e a relação que isso tem com o preço cada vez mais baixo das roupas. Fala também sobre o frisson de consumo que leva pessoas a consumirem sem sequer pensar nos motivos da compra e como isso acelera o mercado da moda descartável.

Sweatshop

Quatro meninas saem investigando as condições de trabalho dos funcionários de fábricas das grandes fast fashions e nomes da moda mundial. Com sensibilidade riquíssima, deixa escancarado o quanto a indústria da moda é desumana e contribui com o trabalho escravo, que é camuflado às custas de milhões investidos em marketing.

Desacelerando a Moda

Conta como o baixista da banda britânica Blur, Alex James, e sua família mudaram radicalmente os hábitos depois que começaram a se questionar sobre o consumo. Informativo e bem humorado, questiona o conceito do que é fashion e os impactos da indústria para os recursos naturais do planeta.

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