Se existe uma certeza é que mulheres com útero menstruam. E menstruam ao longo de três décadas ou um pouco mais. Ainda assim, esse é assunto pouco falado entre amigas e que costuma ser encarado desde a primeira gota de sangue vermelho na calcinha como um sofrimento que faz parte da mulher. Fazer o quê? Pensa a maioria. Na nossa cultura ocidental, a menstruação está tão atrelada a sentir dor, que muitas de nós normaliza o sofrimento, que também é normalizado por boa parte dos ginecologistas: “é só uma cólica, faz parte”, “é só um corrimento, faz parte, logo passa”, dizem muitos deles. E é nessa normalização dos problemas de saúde femininos, mais especificamente os que envolvem a vulva e vagina, que muitas mulheres lidam caladas com doenças, odeiam menstruar e não suportam o contato com o sangue menstrual. A empresária Luri Minami, cofundadora da marca de absorventes sustentáveis amai, é uma dessas mulheres que não gostava do contato com o sangue menstrual. Durante anos foi adepta do absorvente interno convencional, que só deixou de fazer parte da sua vida quando ela soube que o uso frequente poderia fazer mal à sua saúde íntima.

Naquele momento, Luri optou pelo coletor menstrual, que foi seu companheiro até o momento que a candidíase passou a dar as caras com muita frequência. A contragosto, ela optou pelo uso do absorvente convencional e foi aí que a coisa desandou:
Uma certa noite, coloquei o absorvente noturno e acordei no meio da madrugada com a pele da região íntima muito irritada, a ponto de não conseguir sequer encostar o absorvente ou a calcinha. Me enrolei numa toalha para conseguir voltar a dormir.
Luri Minami
Luri não era mais adepta dos métodos contraceptivos como pílula ou DIU, pois após um bom tempo usando hormônios artificiais, viu que eles haviam mascarado níveis de pré-menopausa e até uma osteoporose. “Ao deixarem o ciclo regulado, os contraceptivos hormonais podem passar a falsa impressão que está tudo bem, quando na verdade pode haver vários problemas, mas você não está em contato com eles”, diz. E foi nesse caminho de autoconhecimento e busca por uma solução que fizesse sentido, sem interferir em sua saúde, que Luri e a amiga Erika Tomihama passaram a trocar ainda mais figurinhas sobre o assunto.

Desvendando o absorvente convencional e a descoberta de uma alergia.
Ambas haviam se conhecido em um programa de trainee, há 12 anos, e desde então, se tornaram amigas e conversavam bastante sobre ser mulher e tudo que isso implica. Erika buscava uma forma mais consciente e sustentável para o seu ciclo menstrual e Luri tinha uma alergia séria para resolver. “Mas nunca passou pela minha cabeça que eu era alérgica! Logo eu que nunca tive nenhuma alergia? Foi nessas conversas que passamos a suspeitar que o problema era o plástico usado nos absorventes. Depois de várias pesquisas, descobrimos que, apesar de terem até um algodão desenhado na embalagem, eles contam com polipropileno, além de cloro para branquear o algodão e químicas fortes para deixar o toque mais suave. E tem ainda a fragrância, afinal, quando o sangue entra em contato com o plástico presente ali, há proliferação de bactérias e o cheiro ruim precisa ser camuflado”, conta.

O corpo feminino como ferramenta de autoconhecimento.
Luri e Erika mergulharam de cabeça nas pesquisas sobre ciclo menstrual, saúde feminina e absorventes: além das pesquisas, passaram a fazer entrevistas pelas redes sociais, com mulheres desconhecidas para entender suas queixas e tentar criar um produto que pudesse ser um aliado e não um problema. “Largamos nossos empregos e decidimos empreender nessa área. Inicialmente, fizemos cerca de 200 entrevistas, com dados, métricas e muita informação. Paralelamente, conversamos com muitos experts dessa indústria e o nosso produto foi sendo desenhado dia a dia”, conta Luri.
Uma das perguntas que norteou as pesquisas das sócias-fundadoras foi: “Se você tivesse uma varinha de condão e pudesse pedir o absorvente ideal, o que ele teria?” A maioria das respostas foi: gostaria de um absorvente confortável, sustentável e prático. E foi assim, tendo o próprio corpo e as entrevistas de mulheres reais como ferramentas de autoconhecimento, que 10 meses depois das primeiras pesquisas, nasceu a amai Woman, em outubro passado.
Mudança de paradigmas: um olhar com mais carinho para a saúde feminina na amai.
Um ano após o lançamento, a dupla tem muito a comemorar: além das vendas no e-commerce, que vão de vento em popa – o faturamento tem dobrado a cada trimestre – elas levam por meio dos canais de comunicação da marca conhecimento sobre saúde feminina, autoestima e autocuidado, e estão revolucionando a forma como as mulheres que chegam até elas encaram a menstruação e o próprio absorvente.
Há relatos de pessoas que antes encaravam a rotina de troca do absorvente durante o período menstrual como um problema a ser resolvido e que agora com as caixinhas que chegam em casa da amai, sentem um convite a fazer daquele um momento de autocuidado. “Uma das clientes dividiu comigo que assim como aprendeu que skincare é rotina de autocuidado – porque antes ela odiava passar cremes – agora, toda vez que chega amai, ela lembra de todo autocuidado que colocamos em cada caixinha e isso a estimula a ter esse olhar consigo mesma.
E é exatamente esse olhar de carinho, autocuidado e autoconhecimento que queremos levar todos os meses para a casa e a vida das mulheres”, conta Luri. Também chegam depoimentos de mulheres que tinham nojo de estar em contato com o próprio sangue, pois o achavam malcheiroso e agora isso não acontece mais; outras que nunca tinham visto o vermelho vivo e achavam normal a coloração amarronzada e turva; e até de mulheres que passaram a ter o fluxo reduzido, justamente por conta do equilíbrio que os componentes naturais da fórmula trazem.

Proximidade e intimidade com as consumidoras.
A marca conta com um sistema de assinaturas, onde a cliente escolhe o tipo do absorvente e a regularidade que deseja que ele seja entregue em casa, o que evita que a menstruação as peguem desprevenidas, tendo que correr para a farmácia. “Isso acontece bastante com as adolescentes que começaram a menstruar há pouco tempo e só se dão conta da próxima menstruação quando ela chega. Várias mães relatam que graças ao serviço de assinaturas nunca mais precisaram sair correndo em busca de absorvente”, diz. Sem contar que mais do que um produto, a caixinha que chega é uma experiência, com mimos e informações que trazem conteúdos sobre a saúde feminina.
E se as entrevistas nortearam a criação da marca, os feedbacks recebidos após a venda – muitos de mulheres que sofriam com alergias – são algo do qual Luri e Erika não abrem mão. As sócias falam diretamente com as consumidoras para entender se estão satisfeitas. Elas querem estar perto de quem compra, podendo orientá-las de forma rápida e direta. Motivo pelo qual não pensam em vender fora do e-commerce da marca por enquanto. “Faço o atendimento no WhatsApp, leio tudo e respondo. E é recompensador ver que a maioria das mensagens é de gratidão”, conclui Luri.
O que torna o absorvente amai tão diferente e especial?
Com matérias-primas naturais, sem plástico nem químicos agressivos ou testes em animais, os absorventes amai não fazem mal ao corpo ou ao meio ambiente porque são:
• zero alergia: Clinicamente testados, inclusive por mulheres que sofrem com alergias. O absorvente conta com uma camada de poliacrilato de sódio, uma substância que absorve até 300 vezes seu peso em líquido. Na prática, isso significa que ele retém melhor o fluido em seu interior e não o deixa voltar para a superfície, mantendo a pele mais seca, o que evita assaduras, irritações na pele e vazamentos, além de deixar a textura mais fininha e flexível.
• algodão orgânico: Qual o diferencial disso? O algodão orgânico é uma fibra natural produzida sem agrotóxicos e nem pesticidas, o que proporciona um material suave e limpo. Material respirável e macio, é perfeito para a cobertura do absorvente que toca as partes íntimas sem causar alergia. Ele também tem uma ótima absorção e reduz odores. Se comparado ao algodão convencional, o cultivo do algodão orgânico diminui os danos causados ao solo e ao ambiente, reduzindo em 46% as emissões que causam o aquecimento global.
• zero plástico: Feito a partir de componentes 100% biodegradáveis e compostáveis – amido de milho e PBAT, é certificado internacionalmente e se decompõe em 6 meses, em vez de 400 anos como os absorventes comuns. Na parte do meio do absorvente é usado celulose, uma fibra natural 100% biodegradável que tem excelente capacidade de absorção.
• doação & saúde: A marca contribui com 1% das vendas para o projeto Fluxo Sem Tabu, que trabalha na educação menstrual e em prover absorventes a mais de 17 mil pessoas em situação de risco.
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